quinta-feira, 31 de março de 2016

Como a CBF está ligada com o esquema de corrupção da FIFA


São Paulo - O mundo do futebol  acordou nesta quarta-feira estremecido. Grandes cartolas - incluindo o ex-presidente da CBF  , José Maria Marin - foram presos, acusados pela Justiça dos Estados Unidos de terem recebido propinas milionárias em esquemas de corrupção no futebol.
Parte destas propinas se referem à organização da Copa do Brasil, da Taça Libertadores da América e também da Copa América.
Entenda o que está acontecendo.
Por que a FIFA está sendo investigada? 
Segundo nota oficial do Departamento de Justiça norte-americano, 14 réus são acusados de extorsão, fraude e conspiração para lavagem de dinheiro, entre outros delitos, em um esquema de mais de 24 anos para enriquecer através da corrupção no futebol. Sete deles foram presos na Suíça.
Quanto foi movimentado no esquema de corrupção? 
O esquema é estimado em mais de 150 milhões de dólares.
Como funcionava o esquema? 
A investigação afirma que desde 1991, dirigentes da Fifa usaram suas posições para firmar parcerias com executivos de marketing esportivo para comercialização de direitos de mídia e marketing de diversas competições. Por ser um negócio extremamente lucrativo, tais executivos usavam as propinas para impedir que outros concorrentes disputassem o negócio.
As autoridades também investigam a escolha da África do Sul como sede da Copa de 2010 e as eleições presidenciais da Fifa em 2011.



REUTERS/Shannon Stapleton
A secretária de justiça dos Estados Unidos, Loretta Lynch, explica como funcionava o esquema de corrupção na Fifa.
Qual é a relação da CBF com o caso? 
A CBF está sendo investigadas em dois esquemas: um de direitos de transmissão de campeonatos e outro de patrocínio.
Segundo a investigação americana, a CBF cobrou propinas de parceiros comerciais para que tivessem o direito de transmissão da Copa do Brasil entre 2009 e 2014. Uma propina de R$ 2 milhões teria sido paga pela Traffic, , maior agência de marketing esportivo da América Latina, a José Maria Marin, ex-presidente da entidade.
A Traffic pertence a José Hawilla, réu confesso, que concordou em devolver pouco mais de R$ 475 milhões de seu patrimônio.
A empresa também teve exclusividade na comercialização de direitos internacionais de TV da Copa do Mundo no Brasil, no ano passado.
Outra revelação é de que a Nike pagou uma propina de US$ 40 milhões (cerca de R$ 127 milhões) em uma conta na Suíça para fechar um contrato com a CBF para patrocinar a seleção brasileira.
Quem são os brasileiros que estão na mira do FBI? 
Três brasileiros estão sendo investigados pelo FBI:
José Maria Marin: ex-presidente da CBF de 2012 a 2014 e membro do comitê organizador do torneio de futebol dos Jogos Olímpicos de 2016.
José Hawilla: dono da Traffic Group, maior agência de marketing esportivo da América Latina. O empresário de 71 anos fez um acordo com a Justiça americana, confessou os crimes de extorsão, fraude eletrônica, lavagem de dinheiro e obstrução da justiça. Ele vai ter que devolver US$ 151 milhões. A Traffic é a atual responsável pelos direitos de transmissão de competições esportivas como a Taça Libertadores da América. Ela teve também exclusividade na comercialização de direitos internacionais de TV da Copa do Mundo de 2014, no Brasil.
José Margulies: proprietário das empresas Valente Corp e Somerton, ligadas a transmissões esportivas.
REUTERS/Nacho Doce
A Copa do Mundo de 2014 está sendo investigada?
Não. Por enquanto, apenas a escolha da África do Sul como sede da Copa de 2010 está sendo investigada.
Quais os próximos passos? 
A Justiça dos Estados Unidos garantiu que esse é apenas o início de uma investigação maior, que quer acabar com a corrupção no futebol.
"O objetivo é limpar de vez o futebol", disse Kelly Currie, promotor federal de Nova York.


Fonte: revista Exame

        

 José Maria Marin, ex-presidente da CBF: preso na operação do FBI que investiga esquemas de corrupção no futebol 
  
 






                                                                                                                                                                      


Os presidentes da CBF pós Ricardo Teixeira

Ricardo Teixeira renuncia à presidência da CBF e do COL

José Maria Marin leu a carta de renúncia do dirigente, que ficou no cargo por 23 anos


RIO - Ricardo Teixeira não é mais presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) nem do Comitê Organizador Local (COL) da Copa do Mundo de 2014. A carta de renúncia dos dois cargos foi lida nesta segunda-feira pelo presidente em exercício da CBF, José Maria Marin, que vai assumir as duas funções. A notícia surpreendeu porque quatro dias atrás Teixeira tinha pedido licença da CBF por 60 dias, alegando problemas de saúde. Teixeira ocupou a presidência da CBF por 23 anos e dois meses, desde janeiro de 1989. Nesses anos a seleção brasileira conquistou as Copas do Mundo de 1994 e 2002 e o Brasil ganhou o direito de sediar a Copa de 2014, mas o presidente foi alvo de suspeitas de corrupção e de contrabando (no episódio conhecido como “voo da muamba”, quando a seleção regressou dos Estados Unidos, em 1994, com o tetracampeonato mundial). Durante os seus anos de mandato, o Brasil ainda conquistou as Copas das Confederações de 1997, 2005 e 2009 e as Copas Américas de 1989, 1997, 1999, 2004 e 2007.
Durante o anúncio da renúncia, na sede da CBF, na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio, estavam presentes quase todos os presidentes das federações. "Deixo definitivamente a presidência da CBF com a sensação de dever cumprido", diz um trecho da carta de despedida de Teixeira. "Presidir paixões não é uma tarefa fácil. Futebol em nosso país é associado a duas imagens: talento e desorganização. Quando ganhamos, exaltam o talento. Quando perdemos, a desorganização. Fiz o que estava ao meu alcance. Renunciei à saúde. Fui criticado nas derrotas e subvalorizado nas vitórias", prossegue o texto.
Os únicos dirigentes que não estiveram presentes na CBF foram os presidentes das federações gaúcha, Francisco Noveleto, baiana, Edinaldo Rodrigues, e fluminense, Rubens Lopes, que, no entanto, enviou um representante. Os três lideravam um movimento contrário a entrada de Marin no lugar de Teixeira, mas o diretor jurídico da entidade, Carlos Eugênio Lopes, disse que foi cumprido o estatuto, que determina que o vice-presidente da CBF mais velho assuma no lugar do presidente.
Após a renúncia de Teixeira, todos os diretores da CBF, entre eles o ex-presidente do Corinthians, Andrés Sanchez, colocaram seus cargos à disposição e foram imediatamente reconduzidos por Marin. O mandato do dirigente vai até o fim da Copa de 2014 e, conforme Marin disse na coletiva, será de continuidade.
- É uma continuidade ao estupendo trabalho que Ricardo Teixeira realizou na CBF - afirmou.
Durante a coletiva, Marin foi questionado sobre o episódio em que pegou uma medalha durante a premiação do Corinthians campeão da Copa São Paulo de Juniores em janeiro e se irritou.
- Acho ridícula essa história. Sou um homem público há anos. Fui vereador, senador, governador, presidente da Federação Paulista, vasculharam a minha vida e nunca encontraram nada de erraado na minha vida - disse Marin, que confundiu o nome dos craques ao falar sobre o trabalho no COL.


- Vou continuar trabalhando com o nosso Fenômeno Romário, Ronaldo Nazário, aliás.
Na quinta-feira passada Teixeira tinha pedido licença da presidência da CBF e deixado Marín, o mais velho (79 anos) de seus cinco vice-presidentes, interinamente no cargo. Pouco antes do carnaval, período em que a CBF esteve de recesso, ele viajou para Miami, no Sul dos Estados Unidos, onde tem casa. Enquanto esteve fora cresciam rumores de que ele se afastaria da presidência da CBF. Os boatos foram motivados por novas denúncias de corrupção contra o dirigente, por conta de investigações sobre superfaturamento no amistoso entre as seleções de Brasil e Portugal em Brasília, em 2008. Teriam surgido indícios de que a empresa envolvida na promoção do amistoso, a Ailanto, da qual o presidente do Barcelona, Sandro Rossel, é sócio, passara cheques para Ricardo Teixeira, assinados por Vanessa Precht, uma das sócias da companhia. Em março de 2009, segundo denúncia do jornal "Folha de São Paulo", Vanessa firmou contrato para arrendar a fazenda de Teixeira em Piraí, município do interior fluminense, em nome de uma empresa subsidiária da Ailanto. A descoberta dos cheques nominais levou a polícia a concluir que existe um vínculo entre Teixeira e a Ailanto, acrescentou o jornal. O amistoso em Brasília custou R$ 8,5 milhões aos cofres públicos.
Em resposta a essas e outras denúncias de corrupção, a CBF, em comunicado oficial, afirmou: "O presidente da CBF, Ricardo Teixeira, bem como todos os membros de sua família, tem sua situação tributário-fiscal devidamente regularizada, nada devendo ao fisco federal, estadual e municipal, sendo certo que todos os seus bens e propriedades estão devidamente declarados perante as repartições competentes". Na mesma ocasião, também por nota, a entidade rebatia as suspeitas de que Teixeira não voltaria de Miami. "O presidente Ricardo Teixeira retomará as atividades que constam da sua agenda de trabalho na CBF após o carnaval", garantia a CBF.
Boatos e costuras políticas
No final de fevereiro, de volta às suas atividades no comando do futebol brasileiro, Teixeira convocou os presidentes de federações por email para uma assembleia geral extraordinária na mesma data e hora de uma reunião previamente marcada por opositores para discutir a sucessão na presidência da CBF. Teixeira agiu rapidamente para abafar um movimento que era capitaneado pelos presidentes das federações do Rio, Rubens Lopes, Bahia, Ednaldo Rodrigues, e Rio Grande do Sul, Francisco Novelletto, que contavam com a renúncia dele e já articulavam para indicar seu sucessor. Os três tentavam evitar que, com a possível renúncia, José Maria Marín, ligado à Federação Paulista, assumisse.
A pauta do encontro marcado por Teixeira não foi divulgada. Apenas foi informado que trataria de "assuntos de interesse da entidade e suas filiadas". Durante quase cinco horas, no centro empresarial Rio Office Park, na Barra da Tijuca, onde fica a sede da CBF, 27 presidentes de federação ficaram reunidos. E quem apostava que o dirigente se afastaria naquele dia acabou se decepcionando.
— O presidente Ricardo Teixeira recebeu apoio total e irrestrito das 27 federações para continuar seu mandato. Em nenhum momento a saída dele da presidência da CBF foi sequer cogitada — disse Rubens Lopes, o Rubinho, presidente da Federação do Rio, espantosamente “situacionista” após o encontro.
Rubinho, que era um dos que contestavam o estatuto no ítem que diz respeito à sucessão em caso de renúncia do presidente, presidiu a assembléia e foi escolhido como porta-voz das federações. Na reunião, ficou decido que o estatuto seria cumprido e que, em caso de ausência do presidente, assumiria o vice indicado por Teixeira. No caso, Marin, exatamente o que o grupo que contestava o estatuto queria impedir.
— O estatuto será cumprido. Havia algumas dúvidas que foram esclarecidas — disse o dirigente carioca na ocasião, em 1º de março.


Sobrevida política
A reunião começou às 15 horas e terminou depois das 18h. Por volta das 16h, quatro garotos, integrantes da Frente Nacional dos Torcedores, fizeram um protesto contra Ricardo Teixeira em frente à sede da CBF. Eles chegaram a abrir um faixa verde e amarela com os dizeres "Fora Ricardo Teixeira". Também entoaram palavras de ordem. O protesto durou poucos minutos, pois a segurança do centro empresarial chegou rapidamente e levou o quarteto para fora do espaço. Não houve tumulto.
O que Ricardo Teixeira quis mostrar com aquele espisódio é que continuava como o cacique do futebol brasileiro. Como conseguiu o que queria, decidiu então tirar licença para tratar da saúde. Na terça-feira, dois dias antes da reunião, ele teria sentido dores na perna direita — onde teve implantada uma placa, após cair do cavalo, em 1998. E se submeteria a exames nesta semana.
— Todos sabem que Ricardo Teixeira tem um problema de diverticulite. Ele fará novos exames. Pode ser que ele nem precise se afastar, que o tratamento seja apenas com remédios. Ele pode se afastar por até 180 dias. Está no estatuto — disse Mauro Carmélio, presidente da Federação do Ceará e ricardista juramentado, que acabou dando com a lingua nos dentes. — Talvez ele tenha que fazer exames complementares no exterior

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Edição do dia 03/11/2015
03/11/2015 21h26 - Atualizado em 03/11/2015 21h28

Suíça extradita o ex-presidente da CBF José Maria Marin para os EUA

Acusado de receber mais de US$ 6 milhões de propina, ex-presidente da CBF foi apresentado oficialmente à justiça e se declarou inocente.

O ex-presidente da CBF José Maria Marin foi extraditado nesta terça-feira (3) pros Estados Unidos depois de mais de cinco meses preso na Suíça.
Jose Maria Marin, de 83 anos, embarcou da Suíça para os Estados Unidos acompanhado por dois agentes do FBI. E foi apresentado oficialmente à justiça.
A audiência foi longe das câmeras, no Tribunal Federal, no bairro do Brooklyn. José Maria Marin contou com a ajuda de um tradutor para responder às perguntas do juiz. Vestindo camisa e pulôver azuis e aparentando cansaço, o ex-presidente da CBF se declarou inocente e aceitou pagar uma fiança de U$ 15 milhões.
Durante toda a sessão, Marin bebeu água várias vezes. No final, ele se emocionou e abraçou a mulher, Dona Neusa. Na saída do tribunal Marin não quis falar com a imprensa. A próxima audiência está marcada parta o dia 16 de dezembro no mesmo tribunal.
Marin estava lutando para evitar a extradição desde julho. Mas, na semana passada, concordou em viajar para os Estados Unidos.
Ele teria mudado de ideia depois de ver o acordo que os americanos fecharam com o ex-vice-presidente da Fifa e da Concacaf, Jeffrey Webb.
Webb, que foi extraditado em julho, pagou uma fiança de US$ 10 milhões e está aguardando o julgamento em prisão domiciliar, com monitoramento eletrônico.
A expectativa é de que Marin aguarde o julgamento no apartamento dele, em um condomínio de luxo na 5ª Avenida, um dos endereços mais cobiçados de Nova York. A mulher de Marin, Dona Neusa, esteve no apartamento, junto com o advogado do marido.
Marin e outros seis dirigentes da Fifa foram presos em Zurique no dia 27 de maio, a pedido da justiça americana.
O ex-presidente da CBF é acusado de receber mais de US$ 6 milhões de propina de empresas de marketing esportivo. Em troca, essas empresas conseguiram os direitos de marketing das edições da Copa América de 2015, 2016, 2019 e 2023. E também da Copa do Brasil, segunda competição mais importante do país, entre 2013 e 2022.

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MARCO POLO DEL NERO É ELEITO PRESIDENTE DA CBF 

Presidente da Federação Paulista recebeu 44 dos 47 votos

Fonte: Globo.com     

RIO - O presidente da Federação Paulista de Futebol, Marco Polo Del Nero, de 74 anos, foi eleito nesta quarta-feira presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF). Del Nero formou a chapa única na eleição, que não teve candidato de oposição. O dirigente assumirá a entidade em abril de 2015, com mandato até 2019.
Del Nero substituirá José Maria Marin, que será um dos seus vice-presidentes no novo mandato. A chapa “Continuidade Administrativa” conta ainda como vice-presidentes com Delfim Peixoto, presidente da Federação Catarinense, Gustavo Feijó, presidente da Federação Alagoana, Marcus Vicente, que comanda o futebol capixaba, além de Fernando Sarney, mantido como vice da Região Norte.
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- A ideia é continuar a excelente administração do Marin. Não vai ter muita diferença de gestão. A continuidade será mais ou menos nessa linha. Pode ser que mude alguma coisa, mas é só uma questão de como conduzir, não do perfil - afirmou o novo presidente. Del Nero foi eleito com 44 dos 47 votos possíveis. Dois votos foram em branco. Já o Figueirense não quis votar. O presidente Wilfredo Brillinger não quis votar porque não se sentia à vontade em função da liminar conseguida pelo Icasa para disputar a primeiradivisão do campeonato brasileiro.
O time cearense conseguiu na Justiça o acesso para a elite por causa de um jogador que o Figueirense teria escalado irregularmente na reta final da Série B. E só têm direito a voto os 20 clubes da Série A e os 27 presidentes de federação.
O presidente do Icasa, Francisco Paz de Lira, esteve na CBF, mas não tentou votar na eleição. Ele apenas conversou com outros dirigentes numa sala separada. De acordo com o estatuto da entidade, não teria tempo hábil para incluir o clube na votação.
Um dos que votaram no dirigente paulista foi o presidente da Federação de Futebol do Rio de Janeiro, Rubens Lopes. O dirigente carioca era um dos cotados para formar uma chapa de oposição, mas desistiu.
Rubens Lopes disse que nunca foi uma oposição na CBF, e sim tinha uma divergência de opinião. E votou em Del Nero por uma convicção, mas não disse qual era.


- O importante é ter uma unidade e não uma unanimidade - afirmou.
Del Nero começou sua carreira como cartola do Palmeiras, tendo sido diretor da comissão de sindicância do clube. Na década de 80, trabalhou no Tribunal de Justiça Desportiva de São Paulo. Em seguida, se tornou vice-presidente da Federação Paulista de Futebol, durante a gestão de Eduardo José Farah. Assumiu a presidência da entidade em 2003 e foi reeleito em 2010. Em 2012, ele substituiu Ricardo Teixeira, no Comitê Executivo da Fifa.
Marin ficará no comando da CBF até abril de 2015. Ele assumiu a entidade em março de 2012,quando Ricardo Teixeira renunciou após denúncias de corrupção envolvendo o dirigente. Na ocaisão, Marin também assumiu o lugar de Teixeira no Comitê Organizador Local (COL) da Copa do Mundo do Brasil.


Após 231 dias, Marco Polo Del Nero
se afasta da presidência da CBF


Fonte: Globoesporte.com
Durou 231 dias a era Marco Polo Del Nero na CBF. Acossado por denúncias de corrupção no Brasil e no exterior, o advogado paulista de 74 anos deixou a presidência da confederação nesta quinta-feira. Pediu uma licença e indicou Marcus Antônio Vicente, atual vice da CBF e ex-presidente da Federação Capixaba de Futebol (1994 a 2015), para substitui-lo. Na semana passada, Del Nero já havia deixado sua cadeira no Comitê Executivo da Fifa.

Só Wladimir Bernardes ficou menos tempo que Marco Polo Del Nero no cargo - 176 dias em 1924, quando ainda não havia sido disputada uma Copa do Mundo sequer e a CBF ainda se chamava Confederação Brasileira de Desportos.

Del Nero foi indiciado pelo FBI, a Polícia Federal Americana, na mesma investigação que mandou seu antecessor José Maria Marin para a cadeia. Os dois - e vários outros cartolas - são acusados de receber propina de empresas de marketing esportivo durante a negociação de direitos da Copa América e da Copa do Brasil.

Marco Polo Del Nero também é alvo de uma investigação do Conselho de Ética da Fifa, que pode lhe render uma suspensão de todas as atividades relacionadas ao futebol. O dirigente ainda enfrenta uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) no Senado, que já conseguiu aprovar a quebra de seus sigilos fiscal, bancário e telefônico
 Del Nero assumiu a CBF em 16 de abril, exatamente um ano após ter sido eleito. Sua chapa se chamava "Continuidade Administrativa" - e, como o nome deixa claro, se propunha a dar continuidade à administração de seu antecessor, José Maria Marin, que cumpre prisão domiciliar em Nova York enquanto aguarda seu julgamento.

Nos três anos da "Era Marin" (2012-2015), Del Nero ocupou papel central. Era o vice-presidente mais próximo de José Maria Marin e participava das principais tomadas de decisão - e, segundo o FBI, dividiam os subornos. Juntos, demitiram Mano Menezes e contrataram Luiz Felipe Scolari em 2013. Juntos, viram das tribunas do Mineirão a Alemanha golear a seleção brasileira por 7 a 1. Juntos, demitiram Scolari e recontrataram Dunga.



DEL NERO AFASTA MARCUS VICENTE E VOLTA À PRESIDENCIA DA CBF

Fonte: UOL
Marco Polo Del Nero está de volta ao cargo de presidente da CBF. O cartola estava licenciado há pouco mais de um mês – desde 3 de dezembro, quando foi indiciado pela Justiça dos Estados Unidos por formação de quadrilha e participação em esquemas de propina.
Marco Polo voltou a dar expediente na sede da entidade na última segunda-feira e confirmou a saída do interino Marcus Vicente, nomeado seu substituo, no final da tarde desta terça-feira.
O retorno de Del Nero, no entanto, não deverá durar muito. Em breve, Marco Polo pedirá nova licença e indicará Antônio Carlos Nunes, o Coronel Nunes, como seu novo substituto.
A manobra se deu porque Del Nero teme que seja punido pela Fifa ainda neste mês de janeiro. Com as mudanças de agora, ele garante o desejo de ter alguém de maior confiança à frente da Confederação. No caso, o Coronel Nunes. Caso fosse suspenso com Marcus Vicente no poder, poderia ficar "distante" das decisões da presidência.

Pedro Ivo Almeida/UOL
Ideia da cúpula da CBF é colocar o Coronel Nunes (foto) como presidente da casa
"Venho a público dar uma satisfação, cumpri minha função como interino da CBF. Estava combinado que eu ficaria até hoje. Cumpri minha missão e estou aqui para dar uma satisfação. Vou dar continuidade ao meu mandato como deputado federal", disse Marcus Vicente, que volta ao cargo de ex-presidente, em vídeo divulgado pela CBF.
A saída, no entanto, não foi tão amistosa quanto informada na mensagem.
Afastado do prédio da CBF desde o início de dezembro e focado em sua defesa no processo da Justiça Americana, Del Nero voltou suas atenções para a Confederação ao ser informado por aliados que Marcus Vicente tentava ter acesso a documentos em gavetas e armários da sala da presidência logo em seu início de gestão na Confederação.
Além disso, Vicente também cogitou fazer algumas mudanças em cargos estratégicos e incomodou novamente o mandatário da Confederação.
Marco Polo não gostou das atitudes daquele que fora indicado por confiança e considerou a situação uma traição. Tão logo se encerrou o recesso de final de ano - na última segunda -, o presidente licenciado foi à sede da entidade e passou a acompanhar de perto o movimento da Confederação. Nesta terça, a confirmação das mudanças.
Na última segunda-feira, o blog do jornalista Juca Kfouri, no UOL, já havia informado tal desgaste entre as partes e o plano de manobrade Del Nero para ter um aliado na cadeira da presidência.
Em contato com a reportagem por mensagem de texto, Marcus Vicente negou divergências com Marco Polo Del Nero. Igualmente procurado, o secretário-geral e porta-voz da CBF, Walter Feldman, se esquivou ao comentar a possibilidade de concretização da manobra e licença para que Coronel Nunes assuma o poder. "Só a História um dia saberá", disse.
Mais mudanças
Marcus Vicente não foi o único a perder seu cargo na CBF nesta terça-feira. O jornalista Fernando Mello foi demitido do cargo de diretor de comunicações da entidade.
Indicado por De Nero, Mello estava na Confederação há oito meses e vinha sofrendo desgaste interno. Com passagens por Corinthians, Clube dos 13 e Palmeiras, ele é sócio da empresa que assessora o presidente alviverde, Paulo Nobre.

  

Movimento pede a saída de Marco Polo del Nero

Torcedores pedem a saída de presidente Marco Polo del Nero. Foto: Reprodução Torcedores pedem a saída de presidente Marco Polo del Nero. Foto: Reprodução
Personalidades do esporte e de outros setores protestam em frente à sede da entidade
Rio de Janeiro/Gazetapress


Aconteceu na tarde de ontem, na Barra da Tijuca, Rio de Janeiro, a primeira personificação das recorrentes críticas acerca da gestão de Marco Polo Del Nero e da situação da CBF diante do cenário crítico abalado pelos escândalos de corrupção.
O movimento, que ganhou corpo pelo Twitter através da #ocupaCBF e contou com apoio do Bom Senso FC, reuniu personalidades do esporte e outros setores, como jornalistas, artistas e cineastas. Juntos, assinaram um manifesto a favor da renúncia do atual presidente e de uma reforma a favor da transparência e da democracia.
Atualmente, o presidente da entidade, acusado de participar de esquemas de corrupção, está afastado do cargo por iniciativa própria para se defender das acusações.
Porta-voz escolhido para ler o manifesto na presença da imprensa ontem, em frente à sede da entidade, o ex-jogador Raí reforçou a importância do debate. “O momento do país, do futebol, merece isso. Queremos dar voz a uma mudança futura. O melhor modelo é abrir o debate para mais atores participarem da discussão. Hoje o sistema é viciado, fechado”, declarou.

Reação. A CBF não demorou para se pronunciar oficialmente sobre o protesto. Usando o secretário-geral Walter Feldman como porta-voz, a entidade garantiu colaborar com o diálogo e rechaçou a renúncia do atual presidente.
“Para nós não há problema. Havia a expectativa que os manifestantes entregassem algum documento, e eles seriam recebidos aqui para apresentarem tais demandas. Estamos sabendo agora e vamos analisar para dar uma resposta. Tudo vem sendo e no momento oportuno será implantado. Qualquer manifestação no Brasil deve ser vista como desejo de mudança”, declarou.

Eleição. Hoje, dia em que deverá acontecer a eleição para o cargo de vice-presidente da CBF, ao qual José Maria Marin se licenciou recentemente, o presidente Marco Polo Del Nero fará seu primeiro depoimento na CPI do Futebol, no Senado Federal.
16/12/2015  Fonte: O Vale 

Conmebol confirma saída Marco Polo de Del Nero da Fifa

Fonte: Tribuna Paraná on line
Membros do alto escalão da cobraram uma representação “efetiva” do Brasil no futebol e confirmaram a saída do presidente da CBF, Marco Polo Del Nero, do Comitê Executivo da entidade. Pressionado, o presidente da Conmebol, Juan Napout, informou oficialmente aos membros da Fifa que haverá uma “solução” para a ausência de Del Nero até dezembro.
Nesta terça-­feira, a entidade realizou uma reunião de emergência diante da crise que atravessa, sem presidente, sem secretário-­geral e com o risco de ver uma debandada de patrocinadores.
No esforço de tentar virar a página, a Fifa apresentou uma reforma completa de sua constituição, criando limite de idade para dirigentes, limite de mandatos, a publicação de salários e o fim do seu Comitê Executivo.
Mas a proposta também pede que os cartolas deem “exemplo”. “Comportamento não ético não pode ser tolerado e precisa ser condenado abertamente pelos líderes da Fifa”, disse a entidade em um comunicado. Oficialmente, a CBF nega qualquer acordo para substituir Del Nero, apesar de os dirigentes sul­americanos falarem em Zurique abertamente à imprensa sobre o fim do mandato.
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O Estado revelou com exclusividade ontem a saída de Del Nero, investigado pelo FBI. Ao ver a irritação dos membros da Fifa, Napout pediu a palavra na reunião e garantiu que aquela seria a última reunião na qual um dos três lugares da Conmebol na Fifa estaria vago.
“Teremos uma solução para o encontro de dezembro”, confirmou Napout. Ele informou que, no dia 26 de novembro, um encontro está previsto no Rio entre as dez federações sul­americanas para chegar a um acordo. Joseph Blatter e Michel Platini vivem dias de definição Eles podem ser punidos com uma suspensão de longo prazo por “falsificação” das contas da Fifa. A eleição foi mantida para o dia 26 de fevereiro de 2016.

O ESCÂNDALO DA FIFA E DA CBF


Entenda o escândalo da Fifa e da CBF

Uma investigação de autoridades norte-americanas deixa as entidades de joelhos
por Redação — publicado 27/05/2015 19h44, última modificação 27/05/2015 22h02 
Fonte: Carta Capital  

O que é o escândalo da Fifa?
Há anos existem denúncias de corrupção envolvendo a Fifa. Nesta quarta-feira 27, o Departamento de Justiça dos Estados Unidos, o FBI (a polícia federal dos EUA) e a I.R.S. (equivalente à Receita Federal) revelaram uma investigação sobre crimes como extorsão, fraudes financeiras e lavagem de dinheiro.
Por que as autoridades norte-americanas estão investigando o caso?
Porque boa parte da propina foi paga ou recebida usando instituições norte-americanas, como os bancos Delta, JP Morgan Chase, Citibank e Bank of America, ou filiais nos EUA de instituições estrangeiras, como os bancos brasileiros Itaú e Banco do Brasil.
Sete prisões foram realizadas na Suíça. Por quê?
As autoridades suíças estão colaborando com as norte-americanas, em parte porque a Fifa é sediada na Suíça e em parte porque a instituições financeiras suíças também foram usadas para transferir o dinheiro dos subornos, como os bancos Julius Baer e Hapoalim.
Entre os 14 indiciados, quantos estão envolvidos com a Fifa?
Nove são ou foram dirigentes da Fifa.
Jeffrey Webb, presidente da Associação de Futebol das Ilhas Caimã, da Concacaf e um dos vice presidentes da Fifa;
Eduardo Li, presidente da federação de futebol da Costa Rica e integrante do Comitê Executivo da Fifa;
Julio Rocha, presidente da federação de futebol da Nicarágua;
Costas Takkas, assessor de Jeffrey Webb;
Jack Warner, ex-vice-presidente da Fifa e ex-presidente da Concacaf; e ex-ministri
Eugenio Figueredo, ex-presidente da federação de futebol do Uruguai, atualmente um dos vice-presidentes da Fifa e membro do Comitê Executivo da entidade;
Rafael Esquivel, presidente da federação de futebol da Venezuela;
José Maria Marin, ex-presidente da CBF;
Nicolás Leoz, ex-presidente da Conmebol
E os outros, quem são?
Alejandro Burzaco, controlador da Torneos y Competencia, empresa argentina de marketing esportivo
Aaron Davidson, presidente da subsidiária da Traffic nos EUA
Hugo e Mariano Jinkis, controladores da Full Play, outra empresa argentina de marketing esportivo
José Margulies, controlador da Valente Corp. and Somerton, empresa de comunicações
Já há condenados pelo caso?
Sim, as pessoas e empresas que fizeram acertos sigilosos com as autoridades argentinas. Entre elas estão os filhos de Jack Warner, Daryll e Daryan Warner; Charles Blazer, norte-americano que foi secretário-geral da Concacaf; e o empresário brasileiro J. Hawilla, bem como suas duas empresas, a Traffic International e a Traffic USA.
E quem é J. Hawilla?
Figura bastante influente do futebol brasileiro, J. Hawilla se tornou famoso no ano 2000, quando ajudou a organizar o primeiro Mundial de Clubes da Fifa, vencido pelo Corinthians, então parceiro da Traffic. A Traffic ainda hoje é dona de direitos de transferência de jogadores de futebol, de times e também vende os camarotes do Allianz Parque, estádio do Palmeiras, em São Paulo. No acordo em que fez com as autoridades dos EUA, Hawilla confessou sua culpa e concordou em devolver US$ 151 milhões.
E quais são as acusações contra José Maria Marin?
Marín, que presidiu a CBF entre 2012 e 2015, aparece em dois dos 12 esquemas listados pelas autoridades dos Estados Unidos.
José Maria Marin
José Maria Marin durante jogo do Brasil contra o Chile na Copa do Mundo, em 28 de junho
Que esquemas são esses?
O primeiro deles envolve os direitos de transmissão da Copa América, competição de seleções sul-americanas, para os anos de 2015, 2019 e 2023, além da edição especial, chamada Centenário, de 2016, que será realizada nos EUA. A Datisa, uma empresa formada pela Traffic, do brasileiro J. Hawilla, e duas companhias sul-americanas, comprou os direitos de transmissão dessas quatro edições da Copa América por US$ 352,5 milhões e teria aceitado pagar outros US$ 110 milhões em propinas para os presidentes das federações sul-americanas: seriam US$ 20 milhões pela assinatura do contrato, US$ 20 milhões por cada uma das edições de 2015, 2019 e 2023 e mais US$ 30 milhões pela edição especial centenário. Desses US$  110 milhões, US$ 40 milhões já teriam sido pagos e Marin teria embolsado US$ 6 milhões.
O primeiro envolvia a transmissão da Copa América. E o segundo esquema do qual Marín teria feito parte?
O segundo esquema envolve a Copa do Brasil, torneio anual de clubes brasileiros. Segundo a acusação, a Traffic pagava a Marin e outros dois dirigentes da CBF R$ 2 milhões por ano pelos direitos de transmissão da Copa do Brasil. De acordo com a denúncia do FBI, em 2014 Marin se encontrou com J. Hawilla e foi questionado sobre a necessidade de a propina continuar fluindo para seu antecessor na CBF (Ricardo Teixeira). “’Já é tempo de vir na nossa direção [a propina]. Certo ou errado?’ O Co-Conspirador #2 [J. Hawilla] concordou dizendo  ´Claro, claro, claro. Esse dinheiro tem que ser dado a você. Marin concordou: ´É isso. Está certo’”.
Então além de Marin, Ricardo Teixeira é citado?
Na ação contra Marin há uma referência direta a seu “antecessor como presidente da CBF” como receptor de propinas do esquema existente na Copa do Brasil. Isso deixa claro que trata-se de Ricardo Teixeira, que presidiu a Confederação Brasileira de Futebol entre 1989 e 2012.
No inquérito contra J. Hawilla não há essa citação direta ao antecessor de Marin, mas o empresário brasileiro afirma que pagou, entre 1990 e 2009, propina pelos direitos da Copa do Brasil “de tempos em tempos” a uma pessoa designada como “co-conspirador número 13”, designado como um integrante de “alto nível” da Fifa e da CBF e membro da Conmebol, descrição que também se encaixa à de Teixeira.
E o suposto esquema envolvendo contrato da Nike com a CBF aparece no esquema?
Sim. Tanto no inquérito em que J. Hawilla é citado quanto no que Marin é citado há espaço para o caso. Segundo as autoridades, Ricardo Teixeira e J. Hawilla negociaram o contrato com a Nike para a empresa norte-americana se tornar a fornecedora de material esportivo da seleção brasileira. Fechado em 1996 e com validade de dez anos, o contrato era avaliado em US$ 160 milhões.
Desse valor, US$ 40 milhões deveriam ser enviados diretamente pela Nike à Traffic, mas US$ 30 milhões chegaram à conta da empresa na Suíça. Metade desse valor, afirma J. Hawilla, foi entregue para Teixeira.
E Marco Polo del Nero, o atual presidente da CBF, está envolvido?
No inquérito contra Marin, as autoridades norte-americanas afirmam que ele e um outro dirigente da CBF, identificado como “co-conspirador número 12”, teriam pedido dinheiro a J. Hawilla para continuar entregando à Traffic os direitos de transmissão da Copa do Brasil. Neste documento há apenas uma outra citação ao “co-conspirador número 12”, que aparece como destinatário de parte da propina recebida pela venda de direitos da Copa América.
No inquérito sobre J. Hawilla, o mesmo caso é descrito, mas os números dos “co-conspiradores” mudam. O empresário diz que pagava propinas ao “co-conspirador número 13”, já identificado como Ricardo Teixeira, e que depois recebeu pedidos de pagamento de dois outros dirigentes da CBF, nomeados “co-conspirador número 15” e “co-conspirador número 16”. O “15” é Marin, por aparecer como oficial de alto nível da CBF e membro da Fifa e da Conmebol. O “16”, identificado como oficial de alto nível da Fifa e da CBF, pode ser Del Nero, uma vez que ele era vice-presidente da CBF antes de presidi-la e, desde 2012, integra o Comitê Executivo da Fifa.
Houve corrupção na escolha da África do Sul como sede da Copa do Mundo de 2010?
Segundo a procuradora-geral dos EUA, Loretta E. Lynch, sim, e o caso está sob investigação. "Em 2004, começou a campanha para a escolha da sede do Mundial de 2010, que acabou por ser atribuído à África do Sul, a primeira vez que o continente africano acolhia o torneio. Até para este evento histórico, dirigentes da Fifa e outros corromperam todo o processo recorrendo a subornos para influenciar a escolha do anfitrião” afirmou.
E há esquemas envolvendo a Copa do Mundo de 2014?
De acordo com Loretta E. Lynch, não foram encontradas "condutas impróprias" a respeito do mundial organizado pelo Brasil, mas o torneio está sob investigação.
E as Copas de 2018, na Rússia, e 2022, no Catar?
Segundo as autoridades norte-americanas, essa investigação está transcorrendo na Suíça.
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Corrupção na Fifa